O que é Inscrição Estadual?

Abrir a própria empresa é o sonho de inúmeros brasileiros, no entanto, este não é o sonho mais simples de ser realizado. Manter a empresa legalizada é dever de todo empreendedor que deseja garantir o sucesso do negócio.

A Inscrição Estadual é um número de cadastro dos contribuintes do ICMS e identifica o estabelecimento como regularizado. Aprender o que é este número e para o que serve, ajudará a sua empresa a evitar problemas com a Receita Estadual. Para isso, confira a seguir o artigo produzido pelo Abertura Simples com todas as informações sobre a Inscrição Estadual.

Inscrição Estadual

O que é Inscrição Estadual?

A Inscrição Estadual, também conhecida como IE, é um número composto por nove dígitos liberado pela Secretaria da Fazenda do Estado (SEFAZ) e serve como um registro da empresa no cadastro para o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Semelhante ao CNPJ, a Inscrição Estadual é usada no processo de regularização com a Receita Federal. 

Todas as empresas que atuam com repasse de mercadoria precisam pagar o ICMS. No entanto, para realizar o pagamento é necessário possuir cadastro na Inscrição Estadual. 

A Inscrição Estadual serve para que o governo consiga calcular a quantidade de impostos que a empresa precisará pagar por cada venda realizada. Sendo assim, serve para que o governo consiga ter um controle maior sobre a circulação de produtos e serviços no Brasil e impeça que haja sonegação tributária.

Cada número da Inscrição Estadual possui uma finalidade e serve para sua identificação:

  • Os dois primeiros dígitos representam a identificação do estado no qual foi realizado o cadastro;
  • Os seis dígitos seguintes representam o número que serve como a identificação a empresa cadastrada;
  • O último dígito é um número de verificação da autenticidade e validade da IE.

Para que serve a Inscrição Estadual?

O cadastro na IE serve, justamente, para o recolhimento do ICMS. Além disso, por meio da IE, a empresa poderá emitir notas fiscais. Ou seja, em frente a Receita Federal, a empresa está mais regularizada. 

Por meio da Inscrição Estadual, sua empresa também garante mais segurança ao cliente no momento da compra. Afinal, o comprador poderá consultar a regularidade da sua empresa e, em caso de algum problema, ele poderá recorrer. A IE ainda garante o cumprimento da qualidade dos seus produtos.

Com a Inscrição Estadual, as empresas, ainda, conseguem emitir nota fiscal, tanto de venda ou de produto, e contribuir com o ICMS. 

Quais empresas devem ter cadastro na Inscrição Estadual?

O número da IE não é obrigatória para todas as empresas. O cadastro, na realidade, é restrito a, apenas:

  • instituições que comercializam produtos, seja presencialmente ou online;
  • prestadoras de serviços de transporte interestadual ou intermunicipal;
  • prestadoras de serviços de comunicação.

E quais empresas não precisam ser cadastradas na Inscrição Estadual?

Existem exceções a todas as regras. Nem todas as empresas onlines necessitam ter um número de IE. Se a venda for realizada de forma online, mas não ocorre nenhuma entrega de produto físico ao cliente final, a empresa não precisará ter Inscrição Estadual. Infoprodutos, cursos online e congressos são alguns exemplos. Isto acontece pois, tanto cursos online quanto cursos presenciais não precisam de transporte e armazenamento, dessa maneira, não é necessário pagar o ICMS. Contudo, caso a empresa venda produtos digitais ou serviços, será necessário obter uma Inscrição Municipal. 

Além disso, empresas que prestam serviços, tanto de forma online quanto offline, não precisam deste tipo de registro. Contudo, a empresa será obrigada a emitir uma Nota Fiscal de Serviço (NF-S).

O MEI precisa ter Inscrição Estadual?

Assim como os outros regimes jurídicos, nem sempre será necessário que o MEI tenha o número da IE. Apenas os microempreendedores individuais enquadrados nas categorias “Comércio ou Indústria” e “Comércio e Serviços” necessitam do cadastro na Inscrição Estadual.

No entanto, diferente dos outros regimes, o cadastro acontece de maneira automática assim que o MEI formaliza ou atualiza os dados cadastrais no Portal do Empreendedor, indicando uma atividade de comércio ou indústria.

Como funciona a cobrança de tributos?

Essa dúvida pode ser explicada pela complexidade dos sistemas fiscais e tributários no Brasil, em que a cobrança dos tributos é dividida em três instâncias:

  • Federação: que calculam o Imposto de Renda, dentre outros tributos federais;
  • Estados: que cobram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e outros tributos estaduais;
  • Municípios:, que se encarregam do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e outros impostos municipais.

Enquanto o CNPJ tem sua tributação fiscalizada e cobrada pela instância federal, ele não é suficiente para algumas empresas. Por exemplo, os negócios dos quais é exigido o pagamento do ICMS precisam realizar a Inscrição Estadual do MEI, pois são os estados que fiscalizam o pagamento desse imposto.

Não manter o pagamento de tributos em dia pode incorrer em multas e outras penalidades, o que pode desestabilizar suas operações.

Inscrição Estadual

Diferenças entre Inscrição Estadual e Inscrição Municipal

De maneira geral, a diferença entre Inscrição Estadual e Inscrição Municipal é que a primeira está diretamente ligada ao Governo do Estado em que a empresa está localizada, enquanto a segunda, ao Município.

Além disso, a Inscrição Estadual é obrigatória apenas para contribuintes do ICMS, enquanto a Inscrição Municipal é obrigatória para todas as pessoas jurídicas.

Como emitir a Inscrição Estadual?

O cadastro na Inscrição Estadual pode ser realizado pela Internet, de maneira rápida e simples, pelo portal da RedeSim (Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios). Para isso, você deverá:

A Inscrição Estadual pode ser feita pela internet por meio do portal da RedeSim (Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios):

  • Acessar o portal da RedeSim;
  • Ir para a área “Já possuo Pessoa Jurídica”;
  • Clicar em Serviços;
  • Depois, selecionar a opção “Demais serviços”;
  • Clique em “Inscrições tributárias” e, então, em “Solicite sua inscrição”;
  • Em seguida, o RedeSim irá redirecionar o usuário para o site da Receita Federal. Após, é necessário apenas seguir os passos indicados por lá.

Para obter a Inscrição Estadual, você precisará dos seguintes dados:

  • CNPJ;
  • RG;
  • CPF;
  • Comprovante de endereço de empresa e residência;
  • Fotos do estabelecimento;
  • Alvará de funcionamento;
  • E-mail válido.

Ressaltamos que, para quem é MEI, a emissão do número da IE acontece automaticamente depois da abertura da empresa.

Como emitir comprovante de Inscrição Estadual?

Caso você queira encontrar o número de cadastro da IE da sua empresa, ou até de uma outra empresa, saiba que o processo também pode ser feito pela internet. Basta apenas:

  • Acessar a página de Emissão de Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral no site da Receita Federal;
  • Inserir o CNPJ da empresa;
  • Clicar em “Consultar” e pronto: um comprovante com o número da Inscrição Estadual vai aparecer.

Como consultar a Inscrição Estadual?

Outra maneira de encontrar o número da IE é por meio do site do SINTEGRA. Para isso, basta:

  • Acessar o site da SINTEGRA;
  • No mapa do Brasil exibido na tela, clique sobre o Estado (UF) em que a IE está cadastrada ou na lista de Estados à direita;
  • Será exibido uma página para consulta usando a CCE (IE), CNPJ ou CPF. Então, clique em consultar;
  • Em seguida, serão exibidas as informações do cadastro. 

Como consultar a Inscrição Estadual pelo CNPJ?

Também no site do SINTEGRA, é possível realizar a consulta da IE por meio do CNPJ. Confira a seguir o passo a passo:

  • Acesse o site da SINTEGRA ;
  • Clique no estado da empresa que deseja efetuar a consulta;
  • Preencha o número do CNPJ;
  • Faça a verificação reCAPTCHA da SEFAZ;
  • Caso a empresa tenha IE, a SEFAZ irá informar o número da Inscrição Estadual e a condição da inscrição deverá constar como “Habilitada”.

As diferença entre plano de negócios e modelo de negócios

Quem nunca teve um nó na cabeça quando ouviu sobre plano de negócios e modelo de negócios? São tantos “negócios” que falando rápido até parece que esses termos significam a mesma coisa. Mas não, eles são bem diferentes, embora um complemente o outro. 

A seguir, explicaremos as principais diferenças entre um e outro e também como você pode criar o seu próprio modelo de negócios. Aqui vamos explicar:

  • O que é o plano de negócios?;
  • O que é o modelo de negócios?;
  • Quais são as diferenças entre plano de negócios e modelo de negócios?; 
  • Como criar um modelo de negócios?

O que é um plano de negócio?

O plano de negócio pode ser definido como uma ferramenta utilizada para projetar um panorama geral do mercado, mapear como o empreendedor age e analisar produtos.

Todo empreendedor precisa entender o segmento em que atua e o Plano de Negócio é o dispositivo que você precisa para isso, pois fornece informações específicas sobre o mercado que você empreende, a concorrência e também possibilita que você identifique o que está indo bem ou não no seu ramo de atuação.

Desta forma, podemos dizer que o plano de negócios ajuda você a entender o que é viável de fato para sua empresa, reduzindo drasticamente a possibilidade de erros que acarretam em prejuízos.

Com um plano de negócios bem elaborado você consegue organizar melhor suas ideias para compartilhar seus objetivos com a sua equipe, seu sócio e clientes ou até mesmo captar recursos e parcerias para expandir a sua empresa.

plano de negócios

Como criar um plano de negócios?

O Plano de Negócio é composto, normalmente, por, no mínimo, 6 partes que podem ser subdivididas em outros tópicos de acordo com a complexidade e proporção da sua empresa. São eles:

Sumário Executivo

O sumário executivo é a primeira parte do seu Plano de Negócio. É nele que você resumirá as informações mais importantes.

Os tópicos que devem estar inclusos nele, são:

  • Descrição do seu empreendimento e o diferencial dele no mercado;
  • Qual a missão do seu negócio?;
  • Descrição do perfil dos empreendedores e dos funcionários;
  • Quais são os seus produtos ou serviços e os principais benefícios?;
  • Quem são os clientes da sua empresa?;
  • Localização da empresa  – caso exista uma sede física;
  • Qual será o investimento total?
  • Forma jurídica;
  • Enquadramento tributário

Análise de Mercado;

Nesta etapa, você deve buscar entender melhor quem são seus clientes, como está a concorrência e como trabalhar com os fornecedores. Esta parte irá te ajudar a compreender melhor os aspectos importantes do mercado no qual você irá atuar. Você vai precisar de analisar esses três tópicos:

Segmentação de clientes

Os clientes são aqueles que vão consumir seu produto ou serviço, e para chegar até eles, é preciso conhecer quem eles são e quais são os seus hábitos de compra. 

Para entender este tópico, você pode pensar em algumas respostas para as seguintes perguntas:

  • Meus clientes são pessoas físicas ou jurídicas?;
  • Qual a faixa etária, gênero, escolaridade e estado civil deles?
  • Com que frequência eles costumam comprar o meu tipo de produto ou serviço?
  • Onde compram?
  • O que os leva a procurar por esse produto ou serviço?

Análise da concorrência

Os concorrentes são aqueles que atuam no mesmo ramo que você e, em caso de estabelecimentos físicos, em localização próxima a sua. Ao observar os concorrentes, você saberá “o que fazer” e “o que não fazer” na sua empresa.

O primeiro passo para realizar a análise da concorrência é verificar alguns pontos fortes e fracos e realizar comparações com o que está planejado para o seu empreendimento. 

Confira alguns tópicos que podem te ajudar:

  • Qual é a qualidade do produto ou serviço do meu concorrente?;
  • Como está o preço?;
  • Como é o atendimento prestado?;
  • Pense em condições de pagamento, horário de funcionamento ou atendimento, serviços de entrega, serviço de atendimento ao cliente, descontos, etc;
  • O que faz com que clientes comprem com eles? O que faz com que clientes deixem de comprar?;
  • Qual é o diferencial do meu negócio? O que fará com que os clientes comprem comigo e não com os concorrentes?

Análise de fornecedores

Os fornecedores são aqueles que irão disponibilizar matéria-prima, equipamentos e outros bens necessários para o funcionamento do seu negócio.

Pesquise contatos pela internet, catálogos ou sindicatos e mantenha sempre uma lista atualizada e diversificada de fornecedores, assim, você poderá fazer comparações e decidir qual será o melhor custo-benefício para sua empresa.

Alguns pontos a considerar na hora de fazer a análise de fornecedores?

  • Do que eu preciso e quem são os fornecedores?;
  • Quais estão oferecendo o melhor preço e condições de pagamento?;
  • Quais são as quantidades mínimas de pedido para cada um deles e como isso se enquadra no meu plano?;
  • Qual é o prazo de entrega?;
  • Onde os fornecedores estão localizados?

Planejamento de Marketing

O plano de marketing descreve todos os produtos e serviços da sua empresa. Informações como cores, tamanhos, qualidade, sabores, rótulos, marcas e tudo mais que se aplica ao seu produto. Além disso, é preciso apresentar qual a estratégia de venda desses produtos e como você planeja fazer com que chegue até os clientes. 

Ao responder às seguintes perguntas, você terá montado o seu planejamento de marketing:

  • Qual é o meu produto ou serviço e como posso descrevê-lo?;
  • O preço está adequado à qualidade?;
  • Como ele se destaca da concorrência?;
  • Qual setor minha empresa se enquadra e qual meu plano de distribuição?;
  • Qual é o comportamento de compra do meu cliente?;
  • Como o meu produto chegará até ele?;
  • Vou vender em loja física ou online? Haverá entrega?;
  • E o mais importante: Como o cliente saberá que o meu produto existe?

Planejamento Operacional

No plano operacional, você irá descrever o funcionamento do seu empreendimento. Nele, você demonstra os passos necessários para a venda do seu produto ou para a prestação de serviço da sua empresa.

Para isso, pense nos seguintes pontos:

  • Qual o tempo demandado para a realização do processo de venda ou prestação de serviço?;
  • Qual a quantidade e qualificação dos funcionários?;
  • Produtividade dos equipamentos e materiais necessários;
  • Qual a capacidade de distribuição e armazenamento?;
  • Disponibilidade e prazos dos fornecedores;

Planejamento Financeiro

Nele, você anotará todos os gastos, investimentos e capital de giro em todas as ações planejadas. 

Para escrever o plano financeiro, pense no custo de tudo que você já escreveu até agora: Matéria-prima, fornecedores, equipamentos, estabelecimentos físicos, domínios e hospedagem de lojas online, salários, marketing, etc.

A resposta disso tudo será o seu plano financeiro. Com essas respostas, você terá uma noção do investimento total do seu empreendimento. 

O investimento total é subdividido em três partes:

  • Investimentos fixos: bens necessários para que seu negócio funcione de maneira adequada, tais como equipamentos, máquinas, utensílios, móveis, etc.
  • Capital de giro: a quantidade de dinheiro necessária para fazer o negócio funcionar normalmente. 
  • Investimentos pré-operacionais: Estes são todos os gastos necessários antes do início das atividades do negócio. Como por exemplo, reformas no  imóvel, pagamento de taxas de registro de empresas, hospedagem de sites e outros.

Avaliação estratégica.

Antes de finalizar, é imprescindível fazer uma avaliação de todo o seu Plano de Negócios. É necessário pensar se ele está completo, se as informações estão claras e se seu empreendimento está pronto para encarar o mercado. No final, o objetivo do seu plano é responder a seguinte pergunta: Vale a pena me arriscar e abrir esse negócio?

plano de negócios

O que é um modelo de negócio?

O modelo de negócio é uma ferramenta utilizada para começar novos empreendimentos da melhor maneira possível. Segundo Alex Osterwalder, o empresário e também inventor do Modelo de Negócio, o intuito do modelo de negócio é tornar mais simples compreender o negócio por completo. 

Dessa forma é possível compreender todas as etapas do empreendimento e os elementos que compõem seu negócio, para a partir disso integrar a organização do processo.

Pense em uma lousa, agora imagine que nela há desenhados blocos organizados, cada bloco representa um segmento dentro do seu negócio. Agora você se posiciona na frente da lousa e observa atentamente. É assim que o modelo de negócio funciona.  

A partir dessas observações o empreendedor pode refletir sobre as funções que existem em sua empresa, para depois mapear o que precisa fazer para potencializar sua cartela de clientes e os lucros do seu negócio. 

Podemos enxergar o modelo de negócio como uma boa ferramenta também para a inovação de forma descomplicada, pois é um instrumento simplificado, rápido e barato. 

Já pensou precisar apenas de algo para escrever e alguns papéis coloridos e com isso conseguir enxergar onde dá pra inovar na sua empresa? Ótimo não é?! O modelo de negócio possibilita isso. 

Lembre-se de em seu modelo de negócio responder essas perguntas: 

  • O que farei? Tente responder com a proposta de valor do seu negócio;
  • Para qual público farei? Tente definir qual seu público alvo;
  • De qual forma vou farei? Tente definir quais recursos serão necessários, quais atividades irá desenvolver e se terá parceiros nessa empreitada;
  • Quanto vai me custar? É preciso pensar em seu orçamento e então distribuir os recursos necessários para tornar seu negócio viável;
  • Quais são as diferenças entre plano de negócios e Modelo de Negócios? 

Em linhas gerais, um plano de negócios pode ser definido como um documento detalhado e extenso, enquanto o Modelo de Negócio é conciso tendo uma página que contém o todo. 

Enquanto o modelo de negócio tem como intuito resumir como a empresa produz, vende e gera lucro, o plano de negócio tem como objetivo agrupar informações referentes ao gastos, ao capital inicial de investimento, as estratégias de marketing, plano de vendas e projetar quanto de lucro seu negócio pode gerar futuramente. 

Isso significa que tanto o modelo de negócio, quanto o plano de negócio se complementam e um bom empreendedor precisa dos dois em momentos distintos da sua trajetória na empresa. 

Como criar um modelo de negócios?

Uma das formas mais populares para criar o seu modelo de negócios é o Canvas. Desenvolvido pelo consultor suíço Alexander Osterwalder, o Canvas é um quadro no qual o empreendedor pensa em nove áreas específicas do seu negócio, que são:

Esse método surgiu pelo do livro Business Model Generation, de Alex Osterwalder e Yves Pigneur. Nesse formato, você consegue descrever de maneira simples e detalhada as partes que mais estão relacionadas à entrega de valor ao cliente e visualizá-las durante todos os processos.

  • Segmento de Clientes;
  • Oferta de Valor;
  • Canais;
  • Relacionamento;
  • Fonte de Receita;
  • Recursos Chave;
  • Atividades Chave;
  • Parcerias Chave;
  • Estrutura de Custo.

Preencher o quadro e desenhar a empresa ideal não é o suficiente para o sucesso de um modelo de negócios. Você deve usar o Canvas no dia-a-dia como referência para resolução de problemas e execução de tarefas.

Segmento de clientes

No segmento de clientes você precisa definir quem é o público alvo da sua empresa. A partir dessa informação, você continua pesquisando para saber qual é o perfil dele, onde eles estão localizados, como se comportam e qual é a necessidade dele. O público-alvo precisa estar bem definido, pois todas as outras ações vão girar em torno dele.

Oferta de valor

A segunda área a ser analisada é a oferta de valor. Nesse ponto é preciso definir a solução que a sua empresa vai oferecer ao cliente e, principalmente, o que ela vai ter de diferente da concorrência. Tente responder a pergunta: porque esse cliente vai me escolher ou escolher o meu produto?

Canais

A terceira área que precisa ser definida são os canais, ou seja, como os seus clientes vão conhecer seu produto, vão comprá-lo, como esse produto chegará até o consumidor?

Relacionamento

E essa etapa tem tudo a ver com o seu relacionamento com o cliente, que é a quarta área a ser estudada. O relacionamento envolve desde o processo de conquista até a manutenção desse contato, ou seja, mais do que capturar um cliente você deve pensar em como fidelizá-lo.

Fonte de receita

A quinta área é a fonte de renda, que resumidamente representa como você vai ganhar dinheiro. Determine quanto e como o seu cliente vai pagar pelo que você oferece. O preço que o seu cliente está disposto a desembolsar está ligado a experiência dele com a compra e a empresa.

Recursos Chave

Os recursos-chave são a sexta área dentro do Canvas. Neste ponto você precisa definir o que será necessário para seu negócio sair do papel e atender ao cliente. Por exemplo, equipamentos, colaboradores, local para estoque, entre outros.

Atividades Chave e Parcerias Chave

Já na área de atividades-chave, o empreendedor deve relacionar tudo o que será preciso fazer para alcançar a proposta de valor estabelecida anteriormente. E nas parcerias-chave escrever quem vai te ajudar a entregar esse valor. Quem são os fornecedores, as empresas terceirizadas e as empresas parceiras.

plano de negócios

Estrutura de Custo

E por fim desenvolver a estrutura de custos. Quanto será preciso para a execução e manutenção da sua empresa? Coloque no papel o valor de cada etapa. Inclusive essa informação vai te ajudar a determinar o valor de seu produto ou serviço.

Essas são as nove etapas para a construção de um modelo de negócios. Uma dica é analisar modelos de negócios de outras empresas. Não para copiar, mas para deixar mais claro quais pontos são mais importantes e quais podem ser deixados de lado. O grande problema de copiar um modelo de negócios é que a sua empresa tem características específicas que outras não tem, e o que funcionou para elas nem sempre funcionará para você.

Plano de Negócios x Modelo de Negócios

Enquanto o Plano de Negócio é um documento detalhado e minucioso que comprova para você mesmo e para os futuros envolvidos no seu negócio a sua viabilidade. O Modelo de Negócios é um documento com viés visual e prático para que qualquer pessoa entenda o seu negócio de uma visão macro, ou mesmo um novo projeto dentro do seu negócio.

Além disso, outra diferença em relação aos dois documentos, fora o seu objetivo e uso, é relacionada ao seu formato. O Modelo de Negócios baseia-se no método Canvas e pode ser alterado de maneira simples e rápida sempre que houver alguma alteração em qualquer dos fatores descritos nos quadros. Enquanto as alterações em um Plano de Negócios tendem a acontecer em menor frequência e têm caráter mais burocrático. Isso porque o documento tem correlação com inúmeros outros envolvidos e interessados em entender todos os detalhes do empreendimento.

Por fim, o Plano de Negócio está associado ao “o que”  você faz, focado em sua empresa e com uma descrição totalmente textual, pós validação e consolidação das ideias. A sua compreensão é demorada, demanda atenção, especificação de detalhes, avaliação jurídica, processual e financeira.

Enquanto um Modelo de Negócios está associado ao “como” você faz, com foco no cliente e uma descrição essencialmente visual e estratégica, durante a validação e viabilização das ideias. E, dessa forma, visto como um método moderno de legitimação de um novo projeto.

Neste, a compreensão é simples, rápida, estratégica e focada na funcionalidade.

Reserva de Emergência: O que é, qual a importância e como montar?

Por mais organizado que seja o seu planejamento financeiro, é importante ter consciência de que os gastos extras sempre aparecem em determinados momentos da nossa vida. Uma falha mecânica do seu carro, manutenção da casa, problemas de saúde na família. Diversos fatores que o levam a despender de uma quantia considerável quando menos se espera.

A principal característica dessas despesas é justamente a urgência: você precisa do dinheiro rápido e não há muito como protelar. Uma das regras básicas do bom senso financeiro diz que devemos ter uma reserva de emergência para gastos e despesas imprevistas. Ela pode ser a sua melhor solução frente a um problema e uma boa maneira de construir um patrimônio financeiro!

Nesse artigo, explicaremos a você a importância de montar uma reserva de emergência e também como você pode começar. Continue lendo:

reserva de emergência

O que é uma reserva de emergência?

A reserva de emergência, também conhecida como fundo de emergência, é um dinheiro guardado para ser usado apenas com gastos imprevistos, como uma situação de desemprego, por exemplo.

Esta é uma poupança guardada para cobrir despesas fixas em casos de imprevistos. A reserva de emergência é uma espécie de proteção contra situações inesperadas. Ou seja, esta poupança será seu porto seguro caso ocorra qualquer acontecimento que não estava nos planos.

Mais do que isso, é a reserva de emergência que vai te proteger de se endividar e acabar gastando mais ainda por conta dos juros. Por esta razão, a reserva de emergências deve ser o primeiro investimento de qualquer pessoa.

Angela Nunes, planejadora financeira da CFP, define essa economia como uma reserva de tranquilidade, por dar fôlego financeiro em momentos críticos. “Um exemplo disso foi a pandemia. Muitas pessoas tiveram a renda reduzida ou até ficaram sem ela. Com certeza, quem tinha reserva de emergência teve mais tranquilidade para gerenciar esse período tão crítico.”

Afinal, não adianta investir em ações ou pensar na aposentadoria sem antes guardar uma reserva para as necessidades imediatas. Senão, o patrimônio formado para outros fins pode ser ameaçado.

Por que ter uma reserva de emergência?

Embora se saiba que é importante ter uma reserva financeira para momentos de emergência, apenas uma pequena parte das pessoas segue a sugestão. Os educadores financeiros orientam que se deve guardar o montante equivalente a pelo menos 6 meses de despesas mensais para utilizar quando estiverem passando por um período de dificuldade financeira.

A grande maioria acaba comprometendo toda a renda ou gastando o que resta com objetos de satisfação pessoal e imediata. É muito comum que o brasileiro pense que recorrer aos bancos e assumir dívidas é um comportamento normal e esperado. E é exatamente por isso que os bancos brasileiros estão entre os mais rentáveis do mundo.

Recorrer ao uso do cartão de crédito, cheque especial ou empréstimos consignados pode deixar você em dívida por muito tempo. A reserva de emergência é a melhor opção para não entrar em dívidas e ainda ter uma segurança financeira maior.

Qual a importância de uma reserva de emergência?

A reserva de emergência é o ponto de partida para o planejamento financeiro e, consequentemente, para uma vida financeira saudável e para o controle financeiro de um negócio. Ao ter essa reserva financeira, é garantido uma maior segurança na vida pessoal ou profissional, afinal, é possível recuperar-se financeiramente após uma perda de uma fonte de renda de forma mais tranquila, sem entrar em endividamentos.

O que influencia o valor de uma reserva de emergência?

Inúmeros fatores podem influenciar no valor da reserva de emergência. O nível de empregabilidade é o fato principal a levar em consideração. Além disso, o modelo de trabalho e o mercado devem ser analisados. Caso você trabalhe em uma área com muitas vagas disponíveis, esteja sempre atualizado e tenha contatos, talvez não seja necessário manter uma reserva de emergência tão grande.

O número de dependentes, pessoas que dependem de você, como filhos, pais, avós e cônjuge, também influencia no valor da reserva. Quanto mais pessoas dependerem de você, maior a sua reserva de emergência deve ser.

Também é importante levar em conta se você possui uma rede de apoio. Você tem com quem contar caso perca o emprego? Mora sozinho? Caso não consiga arcar com as despesas, têm para onde ir?

Você também deve dar atenção ao próprio comportamento com o dinheiro. Você consegue reduzir custos rapidamente e fazer a reserva durar mais? Saberia viver com um dinheiro mais limitado? A forma como lida com seus recursos influencia o valor da reserva. Quanto maior sua dificuldade de cortar custos e fazer mudanças no seu orçamento, maior deve ser o valor para emergências. 

Quanto guardar?

O aconselhável é que a sua reserva de emergência consiga cobrir e manter o seu padrão de vida por aproximadamente 6 a 12 meses. Então se, por exemplo, você tiver uma despesa mensal de R$ 2 mil reais por mês, o ideal é que sua reserva de seis meses seja de R$ 12 mil reais. No mais otimista dos casos, o legal é que você consiga juntar R$ 24 mil.

Pode ser que você demore um pouco mais para juntar essa quantia, mas o valor total será maior do que uma reserva construída com base nas suas despesas

Como montar a reserva de emergência?

Veja, a seguir, como criar uma reserva financeira!

Coloque as contas em dia

Se você deseja começar a acumular dinheiro, o primeiro passo é colocar as contas em dia. Não pense em guardar dinheiro se você está gastando mais do que ganha e se não sabe exatamente quais são suas receitas e despesas. Faça o possível para se livrar primeiro de dívidas mais altas, como juros rotativos do cartão de crédito e cheque especial.

Faça o cálculo

Para calcular as suas despesas, faça uma soma dos gastos fixos e variáveis que você tem todos os meses. Aí entram aluguel, condomínio, luz, água, telefone, internet e outros. Também inclui uma média das despesas variáveis, como alimentação, farmácia, transporte e cartão de crédito. Depois verifique onde você gasta mais e defina aquilo que pode ser eliminado.

Regra dos 50-15-35

A partir deste terceiro ponto, você pode voltar a assumir o controle de suas finanças, estabelecendo metas para cada uma das suas despesas. Tente colocar em prática a regra dos 50-15-35, onde divide-se a renda em 3 grandes grupos:

  • Gastos essenciais: aqueles necessários para a sua manutenção no dia a dia, como alimentação, moradia, transporte, saúde e educação; Metade da sua renda (50%) deve ser destinada a eles;
  • Prioridades financeiras: se você tem dívidas, a principal prioridade deve ser quitá-las. Se não, poupar para construir sua reserva para emergências. Se você já tem uma reserva financeira, poupe para outros objetivos; 15% da sua renda deve ser reservada a elas;
  • Qualidade de vida: estes gastos não são imprescindíveis, mas permitem que você aproveite mais a vida; 35% da renda deve ser direcionada para isso.

Onde investir a reserva de emergência

No momento de definir onde a reserva de emergência será investida, é preciso priorizar a liquidez, e não a rentabilidade. Pois, o intuito da reserva de emergência é estar disponível para ser resgatado a qualquer momento, em uma situação de emergência. Por isso, o ideal é que o dinheiro seja aplicado em investimentos de alta liquidez (grande facilidade de saque) e conservadoras.

Talvez você esteja se perguntando, “a poupança é uma boa opção?” De acordo com especialistas, “a poupança é o pior investimento. Pois, está pagando 70% do CDI.”

Ainda de acordo com os especialistas, o ideal é que você priorize 4 aspectos para investir na reserva de emergência. Veja abaixo!

Fatores essenciais para escolher um investimento para sua reserva de emergência

1. Liquidez: facilidade de sacar o dinheiro a qualquer momento;

2. Baixo custo: apresentar baixos custos administrativos e de Imposto de Renda;

3. Segurança: ter cobertura do FGC ou oferecer mecanismos de segurança;

4. Baixa volatilidade: não ter grandes oscilações no patrimônio.

Como calcular a reserva de emergência?

Para calcular o valor da sua reserva emergencial ideal, é preciso considerar o total das suas despesas fixas e multiplicar pelo número de meses que você irá definir.

Os especialistas recomendam que a reserva de emergência seja composta por valores correspondentes a entre 6 e 18 meses do seu custo de vida atual, considerando as despesas básicas.

Mas por que uma diferença tão grande entre o número de meses recomendados? Isto acontece, pois, o número ideal varia de acordo com alguns fatores na vida de cada pessoa que determinam o quão estável é a sua renda e suas despesas.

Por esta razão, quanto maior for a instabilidade da sua renda e demais fatores da sua vida, maior deve ser a reserva de emergência. Assim sendo, considere os seguintes fatores para determinar o número de meses da sua reserva de emergência:

  • Estabilidade no emprego;
  • Nível de empregabilidade da sua área de atuação;
  • Número de filhos, dependentes e animais de estimação;
  • Possibilidade de ter gastos imprevistos por desgaste em casa e carro próprios;
  • O quão bem você e seus familiares cuidam da saúde;
  • Dívidas e parcelamentos já assumidos;
  • Se você tem ou não tendência a se descontrolar financeiramente.

Quando usar a reserva? 

Assim como o nome sugere, a reserva de emergência deve ser utilizada apenas em momentos de emergência. Alguma dessas situações de emergência podem ser:

No âmbito pessoal

  • Desemprego/demissão;
  • Acometimento por doença;
  • Gastos com saúde em que o plano não cobre e há urgência;
  • Atendimento veterinário urgente para o pet;
  • Manutenção ou reparos inadiáveis na casa e no carro.

No âmbito profissional

  • Problema de saúde que impossibilita o dono do negócio a abrir seu estabelecimento;
  • Quebra de um equipamento essencial para a realização das tarefas;
  • Demissão inesperada de um funcionário.

Problemas de uma reserva mal elaborada

Como dissemos ao decorrer do texto, contar com uma reserva em casos de emergência é muito importante. No entanto, é preciso que esta reserva esteja bem dimensionada aos seus gastos mensais. Além disso, é necessário que esta reserva seja constantemente atualizada, afinal, nossos gastos fixos podem mudar, e se não houver um aumento proporcional da reserva, talvez ela não seja suficiente para suportar os gastos necessários deste período.

Entretanto, este não é o único caso de uma reserva mal elaborada. Possuir investimentos diversificados e com valor superior ao necessário para a reserva de emergência, mas que não oferecem liquidez também podem causar mais problemas, em vez de solucioná-los, em um momento de urgência.

Investimentos como a LCI ou o plano de previdência privada penalizam a rentabilidade caso seja necessário um saque antecipado. Embora sejam relativamente líquidas, uma carteira de ações também são muito voláteis e, talvez, possa acontecer da ação ser vendida em um preço muito abaixo do esperado.

reserva de emergência

Dicas para começar a montar e reserva de emergência

Está decidido que vai começar a montar a sua reserva de emergência? Confira, a seguir, algumas dicas que te ajudarão a guardar e investir este dinheiro!

Organize seus gastos e faça seu orçamento

Não dá para você separar um dinheiro para emergência se não sabe exatamente o quanto gasta por mês. É exatamente por isso que a organização financeira é a primeira etapa para montar sua reserva de emergência. É preciso que você separe suas contas fixas, as variáveis e custos extras e registre todos esses gastos.

Por exemplo:

  • Moradia: luz, água, aluguel, gás, telefone e internet.
  • Alimentação: delivery, supermercado e restaurante;
  • Transporte: gasolina, ônibus ou aplicativos de corrida
  • Lazer: cinema, restaurante, balada ou festas;
  • Outros gastos: plano de saúde, cartão de crédito ou crediário.

Reveja seus hábitos de consumo

Após organizar seus gastos, será possível visualizar quais gastos são essenciais e quais podem ser cortados. Assim, você irá reduzir custos e diminuir os gastos que não são essenciais, como, por exemplo, roupas, eletrônicos e decorações.

Livre-se das dívidas

A quitação de dívidas é fundamental para uma boa saúde financeira. Após se livrar do endividamento, é onde surge a oportunidade de economizar e montar a sua reserva de emergência.

Para se livrar das dívidas, é necessário descobrir o valor total delas e ter um plano de ação. Tente negociar o parcelamento ou diminuir o valor total da pendência. Caso seja necessário escolher quais contas pagar primeiro, opte sempre pelas que possuem juros mais altos.

Coloque tudo em uma tabela

Para fazer a sua reserva de emergência, primeiro defina quanto você precisa ter como reserva. 

O ideal é que você faça isso após fazer sua planilha de gastos mensais e ajustar as despesas. Assim você saberá exatamente quanto precisa de dinheiro para viver.

Depois dessa meta definida, comece a poupar todos os meses. Com base na sua tabela de gastos mensais, encaixe a maior quantia possível para atingir a meta final o quanto antes.

Defina o valor da reserva de emergência

Como dito anteriormente, a sua reserva precisa ser sempre a quantidade de meses multiplicada pelo seu custo de vida. Por exemplo, se você tem um custo de R$ 2.500,00 mensalmente, a sua reserva de seis meses precisa ser de R$ 15.000,00. 

Se você destinar por volta de 10% do seu custo de vida para a reserva, ou seja, R$ 250,00, em até cinco anos você poderá obter o valor da reserva de emergência.

Embora este período pareça grande, você pode aumentar o percentual de que irá guardar mensalmente, ou até mesmo usar o 13º salário para a reserva. Este hábito te ajudará a resguardar e poupar dinheiro, criando uma inteligência financeira.

CNPJ inapto: o que é e como reativá-lo? Passo a passo completo

Todo empreendedor sabe que uma empresa tem diversas obrigações com o estado, principalmente com a receita federal. E o não cumprimento dessas obrigações pode causar diversos problemas para o empreendimento.

Veja, neste artigo, um pouco mais sobre esse enquadramento do CNPJ e entenda como evitá-lo.

O que é CNPJ?

O Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) é o número que a Receita Federal designa para a empresa no momento da abertura para identificar o negócio em todos os tipos de atividades, tais como: emissão de nota fiscal, pagamento de impostos e outros.

O CNPJ armazena informações cadastrais de pessoas jurídicas de interesse das administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

Qual a importância do CNPJ?

O número de CNPJ define a pessoa jurídica a quem ele pertence. É a partir dele que você assegura que todas as relações que a empresa tem com diversos órgãos reguladores é legal.

A partir do CNPJ também é importante na relação empresa-cliente, visto que o cliente pode consultar o CNPJ da empresa para entender a situação dela no mercado e constatar se a mesma é confiável ou não.

CNPJ inapto

O que é CNPJ inapto?

CNPJ inapto é um tipo de situação cadastral a qual o CNPJ de uma empresa pode ser submetido. Segundo a Receita Federal, esse tipo de situação cadastral pode ocorrer caso a empresa omita demonstrativos e declarações por pelo menos dois anos consecutivos.

A contagem de dois anos inicia após a última declaração entregue. É preciso ficar atento, pois a não entrega tanto obrigações mensais quanto anuais podem causar a inaptidão.

Motivos para um CNPJ se tornar inapto

Essa situação é aplicada quando uma empresa não apresenta demonstrativos e declarações por, pelo menos, 90 dias consecutivos, a partir da data estabelecida pela legislação para sua apresentação.

Existem duas formas de ter declarada situação inapta a inscrição do CNPJ, por meio do descomprimento das seguintes obrigações:

  • Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples – Declaratório (PGDAS-D)
  • Declaração Anual Simplificada do Microempreendedor Individual (DASN-SIMEI) – para MEI;
  • Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS) – para os optantes pelo Simples Nacional;
  • Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF);
  • Relação Anual de Informações e Salários (RAIS);
  • Escrituração Contábil Fiscal (ECF);
  • Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP).

Ou por meio das seguintes ações irregulares:

  • Operações de comércio exterior feitas de forma irregular (aquelas operações que não tem origem comprovada);
  • Ser omissa diante das obrigações acessórias;
  • Não dispuser de patrimônio ou de capacidade operacional necessários à realização de seu objeto;
  • Não comprovar o capital social;
  • Apresentar informações de endereço divergentes do real;
  • Tiver domicílio no interior e não ter indicado um representante que resida no Brasil.

Principais consequências 

Segundo a Instrução Normativa RFB N° 2119/2022, as principais restrições que uma empresa pode passar causada pelo CNPJ Inapto são:

  • Impede a inscrição no CNPJ;
  • Impede a alteração de dados cadastrais no CNPJ;
  • Risco de baixa de ofício na inscrição;
  • Não poder participar de concorrência pública;
  • Receber incentivos fiscais e financeiros;
  • Qualquer tipo de transação que contenha recursos públicos;
  • Realizar aplicações ou empréstimos financeiros;
  • Emitir documento fiscal eletrônico.

Como saber se o CNPJ está inapto?

Para saber se o CNPJ está inapto, basta acessar o site da Receita Federal informar o CNPJ que deseja saber a situação e clicar em “consultar”.

Como evitar um CNPJ inapto

Para evitar que um CNPJ seja classificado como inapto é importante que a empresa tenha rotinas fiscais implementadas ao dia a dia. 

Um calendário atualizado de obrigações acessórias com suas datas de entrega podem ajudar na implementação das rotinas fiscais a empresa. Além da consulta regular da situação fiscal da empresa perante a órgãos como: 

  • Receita Federal;
  • Certidão Negativa do FGTS;
  • Certidão Negativa da Justiça Federal;
  • Certidão Negativa do INSS;
  • Certidão Negativa Estadual;
  • Certidão Negativa Municipal;
  • Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas.

Como regularizar um CNPJ inapto?

Um CNPJ inapto pode ter a situação regularizada entregando, por meio virtual, as declarações e demonstrativos exigidos ou comprovando a origem, disponibilidade e da efetiva transferência, se for o caso, dos recursos empregados em operações de comércio exterior, na forma prevista pela legislação.

Assim que forem entregues as obrigações necessárias ao restabelecimento da inscrição do CNPJ, deve ser realizado por meio de ADE (Atos Declaratórios Executivos Eletrônicos) publicado no Diário Oficial da União, onde devem ser indicados o nome e o número de inscrição da entidade no CNPJ.

CNPJ inapto: o que fazer?

Após a sua empresa ter o CNPJ enquadrado na situação inapta, é preciso entender os motivos que levaram a essa classificação e começar a providenciar as documentações, declarações e demonstrativos que não foram devidamente entregues para reverter a situação.

CNPJ inapto: o que significa?

A inaptidão do CNPJ significa que a empresa por trás desse CNPJ omitiu demonstrativos e declarações para a Receita Federal e que esse CNPJ terá algumas limitações enquanto a empresa não regularizar essa situação e entregar a documentação pendente para o fisco.

Como reativar um CNPJ inapto?

Após regularizar a situação do CNPJ entregando as documentações, declarações e demonstrativos pendentes o CNPJ é reativado automaticamente e já pode voltar a ser usado.

MEI inapto

Micro empresas individuais (MEI) também podem passar pela inaptidão do CNPJ, as principais causas são a não declaração do faturamento ou não pagamento do DAS (Documentos de Arrecadação do Simples Nacional) por mais de dois anos.

Para resolver essa situação é necessário entregar as declarações e demonstrativos pendentes.

Qual a diferença entre CNPJ Inapto e Inativo?

A inatividade de um CNPJ ocorre caso a empresa fique um mês sem realizar nenhum movimento ou atividade operacional, patrimonial e financeira. Ou em casos de empresas com tributos devidos de anos anteriores ou multas não pagas por falta de entrega de obrigações acessórias. 

São duas situações muito diferentes que tem a sua importância, porém o CNPJ inapto 

é mais grave, pois se trata de uma situação onde a empresa não enviou todas as declarações e os demonstrativos necessários em um determinado período. Essa omissão representa uma infração grave para a receita federal, fazendo com que o CNPJ não possa ser usado até a situação ser regularizada.

Escrito por

Rogerio Fameli

CEO do Abertura Simples, o primeiro e maior portal de abertura de empresas do Brasil que conecta novos empreendedores a experientes contadores para ajudá-los no inicio de seus negócios.