Metaverso: entenda o que é e como as empresas podem se preparar para esse novo mercado

O conceito de metaverso é compreendido como um ambiente virtual imersivo, coletivo e hiper-realista, onde as pessoas poderão conviver e interagir. 

A ideia do ambiente e da experiência já era representada no imaginário das mentes criativas, descritos em filmes e livros desde a década de 80, agora tomando forma e ganhando mais espaço.

Essa é uma evolução da internet atual e que vai estabelecer a convergência do mundo físico com o digital, por meio de novos ambientes, com foco em entretenimento, relacionamento, compras, além de aplicações em educação, saúde, entre outros. Essas novas plataformas utilizam-se de ferramentas de imersão como realidade virtual e/ou realidade aumentada, além de integrações de sistemas. 

Exemplos da aplicação do metaverso

Muitas adotaram a abordagem “gameficada” para incorporar o conceito do metaverso em suas estratégias. O Second Life, lançado em 2003 pela empresa Liden Lab, simula a vida real em um ambiente virtual. Roblox (2006) e Minecraft (2011) criaram um ambiente tridimensional em que os usuários participam de missões, se relacionam e podem ir a eventos.

A grande empresa do segmento da moda, Gucci, vendeu uma versão virtual de sua bolsa Dionysius dentro da plataforma do jogo Roblox por mais de 4 mil dólares, alcançando um valor acima do produto físico.

E, no ano passado, a cantora norte-americana Ariana Grande fez um show no Fortnite, assim como o rapper Travis Scott havia feito um ano antes, quando se apresentou para uma audiência de 27,7 milhões de usuários.

Metaverso no Brasil

O Sebrae avalia que embora essa nova tecnologia ainda não esteja plenamente difundida no Brasil, é importante considerar que grandes inovações disruptivas, a exemplo do que foi a internet em sua origem, têm um enorme potencial de criação de novos mercados e isso deve acontecer também com o metaverso.

 A tendência é que essa nova tecnologia passará a ser a nova fronteira entre a interação e o atendimento, revolucionando a comunicação virtual, da mesma forma como ocorreu com as mídias sociais, além de influenciar as novas formas de relacionamento com o cliente.

O limite para o metaverso é a imaginação humana. Nesse sentido, a possibilidade de criação de vários mundos, pautados em objetos virtuais e experiências digitais, faz com que esse modelo possa ser aplicado a uma infinidade de possibilidades. Não só de interação entre pessoas, mas também de novos formatos de negócios.

Para as micro e pequenas empresas, a orientação do Sebrae é para que esses empreendedores se concentrem no operacional e foquem em atender às demandas que o seu consumidor exige dele agora, mas sem perder de vista as possibilidades que as novas tecnologias estão oferecendo. 

É importante entender que o digital está cada vez mais ganhando força e que a Geração Z (pessoas nascidas a partir dos anos 2.000) prefere se relacionar com as marcas por meio do digital, mesmo que demande contato físico também.

As marcas tendem a se expandir a partir do on-line, e, para isso, é preciso fazê-lo bem, com uma presença profissional, qualificada, como parte da condição de ter fluxo na loja física.

Com informações Agência Sebrae

https://www.contabeis.com.br/noticias/52575/metaverso-exemplos-e-aplicacao-no-empreendedorismo/

Entenda a importância de mapear processos e dicas para gestores que querem começar

Apontada pela consultoria Gartner como uma das principais tendências estratégicas de tecnologia para 2022, a hiperautomação visa automatizar as tarefas repetitivas, viabilizar a transformação digital e, ainda, tornar a rotina corporativa mais ágil. 

Essas vantagens também são refletidas nas taxas de crescimento das empresas: outro estudo, realizado pela McKinsey Brasil, indicou que empresas líderes em maturidade digital crescem até três vezes mais do que as organizações que utilizam atividades analógicas no dia a dia.

Para avançar nesse processo de digitalização, as empresas precisam priorizar o mapeamento dos processos da organização. Quem faz esse apontamento é o CEO da UpFlux, Alex Meincheim. 

Segundo ele, esse primeiro passo de levantamento e análise das atividades realizadas do dia a dia é até mais importante do que a criação das chamadas “ilhas de automação”.

“É comum vermos gestores que têm interesse em dar o primeiro passo na automação de processos e que, para isso, escolhem automatizar uma tarefa específica, sem se preocupar com o todo” explica o CEO.

Para ele,  esse é um dos principais problemas nesse momento, pois impede que esses profissionais consigam fazer uma coordenação global dos negócios e dos seus resultados.

Segundo Meincheim, o mapeamento de processos como primeira ação das empresas oferece maior clareza do andamento dos negócios e possibilita a visualização das etapas do começo ao fim.

“Dessa forma, a gestão vai conseguir perceber gargalos na sua atuação, identificar responsáveis por cada etapa do processo, definir padrões gerenciais e fazer checklists do que já foi feito em cada momento”, pontua.

O empreendedor reforça que a aplicação errada desse mapeamento pode desencadear em uma série de dificuldades dentro da organização. Diante desse contexto, o especialista elencou quatro dicas para quem quer começar a mapear processos de forma eficiente.

Entenda qual processo precisa ser mapeado

Um dos maiores erros dos analistas é querer mapear todos os processos de uma só vez. Por isso, de acordo com Meincheim, a primeira atitude a ser tomada é compreender qual processo demanda maior atenção da equipe. 

“É importante entender se ele é um processo primário, de apoio ou de gerenciamento. Ao fazer essa identificação, leve em conta alguns aspectos: por que ele deve ser avaliado, quais são os riscos envolvidos nele e quais regras devem ser seguidas”, diz. 

Nesse caso, o empreendedor explica que a avaliação deve ser a mais detalhada possível.

Além disso, é preciso definir o que é realmente estratégico para a empresa ao iniciar o processo de mapeamento. “É importante entender junto ao seu time qual é a prioridade de resolução de problemas e qual medida trará maior retorno para a empresa. Essas duas avaliações são extremamente importantes para o sucesso do projeto”, complementa.

Desenhe cada etapa

O terceiro passo é fazer uma representação gráfica da sequência de atividades realizada pela empresa.

“Pode parecer óbvio, mas não é: é preciso entender quando o processo começa e quando ele termina. Essa ordem deve mostrar todas as informações de entrada, desenvolvimento e saída do processo, incluindo os responsáveis, recursos utilizados e dificuldades pelo caminho”, diz Meincheim.

Automatize seu processo

Outro erro muito comum é mapear processos a partir de longas entrevistas e reuniões com todas as pessoas envolvidas, abrindo margem para os diferentes pontos de vista e opiniões individuais.

Isso implica na subjetividade do mapeamento e na falta de transparência sobre como o processo realmente ocorre e suas possíveis variantes. 

Para que todas as etapas sejam vistas com clareza e a organização consiga extrair informações mais precisas, o especialista aponta que o ideal é automatizar o processo de mapeamento.

“Com ferramentas que utilizam mineração de processos, isso é, que entendem os processos se baseando em dados já disponíveis no sistema de gestão, os gestores e analistas podem visualizar o processo e suas variabilidades com 100% de transparência e precisão, criar auditorias de conformidade automáticas e outras ações que se conectam a todo o processo já executado, garantindo o melhor andamento de todo o fluxo”.

Monitore

Apesar de parecer o fim da jornada, Alex Meincheim diz que a etapa de monitoramento é apenas o início de todo um trabalho de eficiência organizacional – é a hora de acompanhar os resultados para saber se o mapeamento de processos foi eficiente.

“Se ao invés de mapear os processos apenas para documentá-los a organização foi além e fez uma verdadeira transformação em seus procedimentos, saiba que toda informação coletada até aqui foi essencial para o futuro da sua empresa e sua resiliência corporativa”, finaliza.

Com informações UpFlux e Agência Dialetto

Receita anuncia renegociação de dívidas com até 70% de desconto em até 10 anos

A Receita Federal do Brasil (RFB) anunciou na última sexta-feira (12), a possibilidade dos contribuintes que tenham dívidas com o órgão renegociarem seus débitos com até 70% de desconto, a partir do dia 1º de setembro.

A medida aumentará os benefícios para quem quer parcelar até R$1,4 trilhão em dívidas tributárias que ainda não estão sob contestação judicial.

A portaria estendeu à Receita Federal a modalidade de renegociação chamada de transação tributária, mecanismo criado em 2020 para facilitar o parcelamento de dívidas de empresas afetadas pela pandemia da covid-19. 

Até agora, apenas a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), órgão que cobra na Justiça as dívidas com o governo, concedia essa possibilidade com regularidade. A Receita lançava negociações nesse modelo, mas em casos especiais.

A extensão da transação tributária à Receita Federal foi autorizada pela Lei 14.375/2022, sancionada em junho pelo presidente Jair Bolsonaro. Com a portaria que regulamentou a lei, a Receita poderá lançar editais especiais de renegociação de dívidas e sugerir acordos com grandes devedores.

Regras para a renegociação de dívidas

Para o público geral, o desconto máximo para a renegociação de dívidas aumentou de 50% para 65%, sendo que para empresas (de todos os tamanhos), microempreendedores individuais (MEI) , micro e pequenas empresas do Simples Nacional e Santas Casas de Misericórdia, o desconto poderá ser de até 70%.

O prazo de parcelamento também foi ampliado. Para o público geral, passou de 84 meses (7 anos) para 120 meses (10 anos). Para empresas, MEI, micro e pequenas empresas do Simples Nacional e Santas Casas de Misericórdia, o prazo poderá estender-se por até 145 meses (12 anos e 1 mês). Apenas o parcelamento das contribuições sociais foi mantido em 60 meses porque o prazo é determinado pela Constituição.

Os devedores de impostos ainda não inscritos em dívida ativa poderão apresentar proposta individual de transação ao Fisco. Mesmo os que questionam o débito na esfera administrativa ou que tiveram decisão administrativa definitiva desfavorável.

Por enquanto, somente contribuintes que devam mais de R$10 milhões ao Fisco poderão apresentar a proposta individual a partir de setembro. Nas próximas semanas, a Receita deverá publicar um edital para a transação tributária de dívidas de pequeno valor.

A Receita definirá o tamanho dos benefícios conforme a capacidade de pagamento do contribuinte. Quem tiver mais dificuldades de pagamento terá descontos maiores e prazos mais longos.

Abatimentos e amortizações

As empresas poderão usar os prejuízos fiscais do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para abater em até 70% o saldo remanescente da dívida após os descontos. Normalmente, as empresas que têm prejuízo podem abater parte do IRPJ e da CSLL no pagamento dos dois tributos nos anos em que registram lucros.

A portaria permite ainda que precatórios a receber (dívidas do governo com contribuintes reconhecidas definitivamente pela Justiça) ou direito creditório, determinados por sentenças transitadas em julgado (a qual não cabem mais recursos judiciais), podem amortizar a dívida tributária, tanto a parcela principal, como a multa e os juros.

Público alvo

A transação individual destina-se aos seguintes contribuintes:

– pagador de imposto com contencioso administrativo fiscal de mais de R$ 10 milhões;

– devedores falidos, em recuperação judicial ou extrajudicial, em liquidação judicial ou extrajudicial ou em intervenção extrajudicial;

– autarquias, fundações e empresas públicas federais;

– estados, Distrito Federal e municípios e respectivas entidades de direito público da administração indireta.

Benefícios

Descontos máximos

– passaram de 50% para 65% para público em geral;

– até 70% para empresas, MEI, micro e pequenas empresas do Simples Nacional e Santas Casas de Misericórdia.

Prazos

– número de parcelas sobe de 84 para 120 meses para público em geral;

– até 145 parcelas para empresas, MEI, micro e pequenas empresas do Simples Nacional e Santas Casas de Misericórdia.

Abatimentos

– prejuízo fiscal do IRPJ e da base de cálculo negativa da CSLL poderão ser usados para abater em até 70% o saldo remanescente após os descontos;

– precatórios e demais dívidas do governo com o contribuinte transitadas em julgado poderão amortizar o valor principal, a multa e os juros da dívida tributária.

https://www.contabeis.com.br/noticias/52613/receita-anuncia-parcelamento-de-dividas-com-desconto-em-ate-10-anos/

Pronampe permanente: uma boa notícia para o empresariado

Um dos grandes entraves ao incentivo a pequenas empresas no Brasil é a falta de possibilidade de créditos específicos. 

Como estes negócios são arriscados, e o mercado de capitais nacional não é desenvolvido para o setor, as empresas ficam reféns dos juros cobrados pelos bancos, sendo, geralmente, inacessíveis à maioria. 

Assim, o(a) microempresário(a) tem duas alternativas: crescer de forma orgânica, por meio do faturamento do próprio empreendimento, ou arcar com juros. Em ambos os casos, há limitação do potencial de crescimento do negócio e, consequentemente, da sua alavancagem saudável.

No País, ainda existe um agravante: a altíssima taxa básica de juros, necessária para eliminar os problemas inflacionários, tão presente no nosso dia a dia nos últimos anos.

Situação muito diferente encontrada em diversos países do mundo, onde o governo oferece, via instituições financeiras, taxas especiais para Micro e Pequenas Empresas (MPEs). 

Isso porque o cuidado com esses negócios é essencial para o crescimento da economia, pois, na margem, as pequenas empresas geram mais de dois terços dos novos empregos, em um cenário que trabalho e renda passam a ser prioridades. 

E é nesta conjuntura que o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) , criado durante a pandemia com o objetivo de salvar muitas empresas que viviam uma emergência, se tornou permanente como política oficial de crédito, em junho de 2021.

Para entender o projeto, devemos estar cientes de que o governo não faz o aporte direto dos recursos, pois o dinheiro é concedido pelas instituições operadoras (bancos).

O capital investido pelo Poder Público no Pronampe permanente é assegurado pelo Fundo Garantidor de Operações (FGO), administrado pelo Banco do Brasil (BB). O valor vai servir como garantia nas operações de crédito contratadas nos bancos que aderiram ao programa. 

Este processo é mais seguro para os concedentes dos empréstimos, reduzindo o receio da inadimplência, muito comum em tempos de crise. 

Os negócios que faturam menos de R$ 4,8 milhões por ano são elegíveis para obter o crédito, a uma taxa máxima da Selic mais 6% ao ano (a.a.), atualmente menos do que 20%. 

O prazo máximo para pagamento é de 48 meses, com carência máxima de 11 meses (neste caso, 11 meses de carência mais 37 meses para pagar). Quem decide os prazos e as condições enquadradas nestes limites são as instituições – por isso, é importante uma pesquisa prévia das melhores condições. 

Em linhas gerais, trata-se de uma operação menos burocrática do que as tradicionais, em razão do menor risco. As duas primeiras tranches do Pronampe emprestaram quase R$ 64 bilhões para 850 mil empresários. Agora, o programa pretende cobrir R$ 50 bilhões.

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